Raízen deve direcionar “grande parte” de seus investimentos em expansão para E2G

Os executivos da Raízen reforçaram a aposta no etanol de segunda geração (E2G) em evento para investidores realizado nesta quarta-feira, 24. De acordo com eles, o biocombustível feito a partir do bagaço da cana representa um negócio “transformacional” para a companhia e deverá consumir grande parte do Capex de expansão projetado para o futuro.

A Raízen tem uma planta de E2G em operação e outras cinco usinas em construção, cada uma com capacidade de produção de 82 milhões de litros e Capex estimado em R$ 1,2 bilhão. A segunda unidade de E2G está prevista para entrar em operação ainda neste ano e deverá incorporar melhorias em relação à planta pioneira.

Segundo o CEO da companhia, Ricardo Mussa, o mercado ainda não precifica o potencial desse novo negócio para o crescimento da Raízen. “A cada dia que passa estamos mais perto, no momento que começar a aparecer resultado no ‘bottom line’ da companhia, não tem como o mercado fechar o olho para isso”, afirma.

Ele explica que o etanol de segunda geração tem um prêmio de sustentabilidade em relação ao tradicional, e que a companhia tem firmado já vários contratos de fornecimento do produto.

No final do ano passado, a Raízen anunciou a assinatura de um contrato com a Shell, sócia da Cosan na companhia, para comercialização de etanol celulósico de segunda geração, produzido a partir da biomassa da cana, viabilizando a construção de cinco novas plantas do combustível.

O acordo prevê a entrega à Shell de 3,3 bilhões de litros do combustível até 2037, gerando uma receita de, no mínimo, 3,3 bilhões de euros, segundo a Raízen.Letícia Fucuchima

Fonte: https://www.novacana.com/noticias/raizen-direcionar-grande-parte-investimentos-expansao-e2g-250523

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