Diretor do Diap reforça necessidade da pauta trabalhista chegar aos candidatos
Com a aproximação do pleito de 7 de outubro, o debate eleitoral se intensifica e a luta pelo voto fica mais acirrada. O sindicalismo se empenha a fim de levar para dentro da agenda dos candidatos a pauta sindical unitária.
A Agência Sindical conversou sobre esse cenário com o jornalista Antônio Augusto de Queiroz, analista político e diretor do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Após participar de debate no X Congresso Nacional dos Engenheiros, em São Paulo, ele falou da postura a ser adotada pelas entidades de trabalhadores.
Toninho recomenda forte atuação antes, durante e depois do pleito, na defesa da Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, cujo objetivo é a retomada do crescimento, com geração de renda e preservação de direitos.
Presidenciáveis – “O sindicalismo, por meio das Centrais, fez sua pauta chegar aos candidatos à Presidência. Portanto, eles já têm conhecimento dela. Em caso de segundo turno, é preciso procurar os presidenciáveis e reiterar essa agenda. Eleito um candidato, procurar novamente, chamar a atenção para os 22 itens num diálogo mais claro e efetivo”, diz.
O diretor do Diap destaca a importância desse movimento. Ele alerta: “Se a gente apenas entregar, formalmente, e não ficar em cima, isso não vai ser priorizado, porque os outros setores que têm demandas se farão presentes, acompanhando e cobrando”.
Parlamento – Para Toninho, é fundamental que a Agenda Unitária também chegue aos candidatos proporcionais. “É o Legislativo que aprova e valida as políticas públicas. É quem dá a palavra final em matéria de legislação”, explica.
“É preciso arrancar o compromisso do candidato a deputado e senador, documentar isso, pra depois cobrar. Muitos deles ainda não receberam a pauta trabalhista e é importante que isso seja feito ainda no curso da campanha”, defende. O jornalista enfatiza que o apoio a candidatos deve levar em conta o compromisso com a revogação de leis como a reforma trabalhista, a terceirização e a Emenda 95, que impõe o teto de gastos sociais.